Será que eu estou gorda?
Será que eu estou gorda?

Essa pergunta sempre aparece na minha cabeça. Às vezes na forma de um desespero horrível: parece que o mundo vai acabar se eu não emagrecer uns quilinhos. Às vezes, quando estou mais feliz, ou bronzeada, ou amada, ela é momentânea: me olho no espelho com amor, ajeito a postura e penso “ah, não está tão mal assim”.

Quando me acho horrível, só consigo pensar nas atrizes magérrimas, na Gisele Bundchen e nas duas ou três amigas que tem zero de barriga e bumbum duríssimo. Quando eu quero me ver com carinho, penso no resto do mundo real: as minhas amigas do colégio, os colegas da faculdade, minhas primas, minhas colegas de trabalho.

Nas horas benevolentes, penso também na minha idade, nas privações que teria que ter para me manter com o mesmo peso de quando eu era dez anos mais nova, no meu namorado dizendo que me acha linda e nem percebe se eu estou dois quilinhos acima do peso.

E, quer saber? Acho mesmo que ele não percebe. Acho, aliás, que 90% das pessoas do mundo não percebem. Da mesma forma que eu não noto se uma amiga está dois quilos acima do peso. Porque, afinal, sou mais cruel comigo do que com elas?

É incrível como a aceitação do nosso corpo passa pelo nosso estado de espírito, pela nossa confiança, pelo carinho com que olhamos para nós mesmas. Ninguém está falando que o peso não importa: sou do time que acha que vale a pena fazer exercícios, comer bem, ficar ligada para não deixar a balança disparar sem que a gente se dê conta. Mas não quero, e não vou, ser uma pessoa neurótica, que se priva de uma pizza com os amigos no sábado à noite por causa de um quilinho a mais (aquela menina da novela certamente faz!).

Prometo que a partir de hoje vou me olhar com menos rigor e com mais carinho. Acho que vou ser mais feliz assim. Vocês conhecem outro bom conselho?

Beijos!

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Os contos de fada sempre fizeram parte da nossa vida. Antes de dormir, na televisão ou até mesmo na escola. Fomos criadas acreditando que mais cedo ou mais tarde, um príncipe aparecerá no horizonte montado em um cavalo branco e será a solução de todos os nossos maiores problemas e medos.

Essa imagem de par perfeito e alma gêmea, acaba fazendo com que criemos expectativas demais. Na vida real, o príncipe não chega em um cavalo branco e você quase nunca é a única princesa disponível no reino. Para o “Era uma vez” ter graça e fazer sentido, também precisamos tomar atitudes e sermos espertas. Em pleno século XXI, não dá pra ficar fazendo trança, olhando na janela e esperando um grito de “eu te amo”.

Antes de qualquer outra coisa, devemos ser princesas independentes. Estudar, trabalhar e não esquecermos nunca do tal amor próprio. Sentimento esse, que vale mais do qualquer pedido atendido da fada madrinha. Com a independência, podemos ficar um pouco mais da meia-noite e ainda não nos preocuparmos com sapatos perdidos.

Em um relacionamento, não devemos esperar que tudo seja perfeito como nos filmes e histórias. Na verdade, eles só parecem ser tão incríveis assim, porque duram no máximo algumas horas ou páginas. Namoros de verdade não são nada perfeitos. Afinal, os dois envolvidos, têm seus próprios defeitos, e uma hora ou outra, eles vão aparecer e incomodar bastante. Por isso aquela ideia de “Ele já não gosta mais de mim” ou “Ele não é tão perfeito como antes”.

É complicado de entender, mas é justamente essa a graça e o motivo de vivermos a vida ao lado de alguém. Amadurecer tem tudo a ver com aprender a lidar com os defeitos dos outros, e mais dos do que qualquer outra coisa, respeitar.

Agora, escuta só: O amor de verdade sobrevive a um ciúme bobo e alguns amigos sem noção.

;)

 




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